domingo, 31 de março de 2013

Preta Pretinha

Preta Pretinha
Luiz Galvão e Moraes Moreira
1972

"Preta Pretinha" é uma canção do grupo baiano Novos Baianos, lançada em 1972 no álbum "Acabou Chorare".

A canção foi gravada no estúdio Somil. Aparece duas vezes no disco "Acabou Chorare" de 1972. A primeira versão com duração de 6:40 minutos (Faixa 2) e a segunda com 3:25 minutos (Faixa 10). As duas versões foram lançadas pois a gravadora se preocupava com a duração da canção de quase sete minutos (a original), que poderia ser rejeitada pelas rádios, então a versão alternativa foi incluída no disco. Por fim, a versão mais tocada nas rádios foi a mais longa.

Luiz Galvão
Letra

A letra foi escrita por Luiz Galvão para uma moça que havia conhecido em Niterói, RJ, numa viagem do grupo Novos Baianos ao Rio de Janeiro.

"A jovem combinou comigo para que eu fosse a Niterói conhecer seu pai e, na volta, ela viria morar comigo no apartamento dos Novos Baianos, em Botafogo. Pegamos a barca, conheci o pai dela, mas, na volta, ela se arrependeu e voltou para o seu namorado. À noite, escrevi a letra sob o impacto desse insucesso e, na certa, o subconsciente deu uma panorâmica em todas as minhas histórias de amor."
(Luiz Galvão)

A inspiração para completar a canção foi de uma antiga namorada de Juazeiro.


Música

A melodia foi composta por Moraes Moreira com arranjos de Pepeu Gomes. Possui uma harmonia simples, que torna possível de se acompanhar com apenas dois acordes. A introdução em bandolim é tocada por Pepeu Gomes, o que foi enfatizado depois por Moraes Moreira tanto na primeira quanto na segunda parte da canção.

O final contém uma insistente repetição dos versos "eu ia lhe chamar / enquanto corria a barca", com um coro e uma subida de oitava do vocalista, que torna a canção ainda mais memorável.

A canção foi o maior sucesso comercial dos Novos Baianos, e uma das mais tocadas do ano de 1972. Os direitos autorais da canção permitiram que o letrista Luiz Galvão adquirisse um sítio na época de lançamento da canção.

Outras Versões

  • Moraes Moreira regravou a canção em carreira solo.
  • Chico Science teria feito uma nova versão desta música para a coletânia que homenagearia os Novos Baianos, que nunca foi lançada. Não se sabe se foi ou não gravada a versão, já que a nota que anunciava foi pouco antes da morte do ex-vocalista do Nação Zumbi.
  • Márcia Castro regravou a canção em 2012.



Preta Pretinha

Enquanto eu corria
Assim eu ía
Lhe chamar!
Enquanto corria a barca
Lhe chamar!
Enquanto corria a barca
Lhe chamar!
Enquanto corria a barca

Por minha cabeça não passava
Só! Somente Só!
Assim vou lhe chamar
Assim você vai ser
Só! Só! Somente Só!
Assim vou lhe chamar
Assim você vai ser
Só! Somente Só!
Assim vou lhe chamar
Assim você vai ser
Só! Só! Somente Só!
Assim vou lhe chamar
Assim você vai ser

Laiá, larará, lararará, larará
Preta, preta, pretinha!
Preta, preta, pretinha!
Preta, preta, pretinha!
Preta, preta, pretinha!


Abre a porta e a janela
E vem ver o sol nascer... (6x)

Eu sou um pássaro
Que vivo avoando
Vivo avoando
Sem nunca mais parar
Ai Ai! Ai Ai! Saudade
Não venha me matar
Ai Ai! Ai Ai! Saudade
Não venha me matar
Ai Ai! Saudade
Não venha me matar
Ai Ai! Ai Ai! Saudade
Não venha me matar

Lhe chamar!
Lhe chamar!
Eu ia lhe chamar!
Eu ia lhe chamar...


Fonte: Wikipédia

sexta-feira, 29 de março de 2013

Lábios Que Eu Beijei

Lábios Que Eu Beijei
J. Cascata e Leonel Azevedo
1937

"Lábios Que Eu Beijei" é uma composição de J. Cascata e Leonel Azevedo, gravada em 78 rpm por Orlando Silva no ano de 1937, se tornando assim um dos maiores sucessos de sua brilhante carreira, tendo no verso do disco, da mesma dupla J. Cascata e Leonel Azevedo, o samba "Juramento Falso", ambos com a Orquestra Vitor Brasileira sob regência de Radamés Gnattali.

Para conhecer mais sobre a vida e obra de J. CascataOrlando Silva Radamés Gnattali, visite o blog Famosos Que Partiram.



Lábios Que Eu Beijei

Lábios que beijei
Mãos que afaguei
Numa noite de luar, assim
O mar na solidão bramia
E o vento a soluçar, pedia
Que fosses sincera para mim

Nada tu ouviste
E logo que partiste
Para os braços de outro amor
Eu fiquei chorando
Minha mágoa cantando
Sou estátua perenal da dor

Passo os dias soluçando com meu pinho
Carpindo a minha dor, sozinho
Sem esperanças de vê-la jamais
Deus tem compaixão deste infeliz
Porque sofrer assim
Compadecei-vos dos meus ais.
Tua imagem permanece imaculada
Em minha retina cansada
De chorar por teu amor
Lábios que beijei
Mãos que afaguei
Volta vem curar a minha dor


Fonte: Cifra Club

quarta-feira, 27 de março de 2013

Desafinado

Desafinado
Tom Jobim e Newton Mendonça
1958

"Desafinado" é uma canção bossa nova, composta por Tom Jobim e Newton Mendonça lançada como um single por João Gilberto em 1958 e incluída em seu álbum de estreia, "Chega de Saudade", lançado em 1959.

A canção é uma resposta à crítica da época, que considerava a bossa nova "música para cantores desafinados".

A canção foi posteriormente gravada por diversos artistas, incluindo Tom Jobim, Herb Alpert, Ella Fitzgerald e Stan Getz, que em 1963 ganhou o Grammy de Melhor Performance de Jazz Por Um Solista ou Grupo Pequeno. Duas adaptações da canção para a língua inglesa foram realizadas: "Slightly Out Of Tune", por Jon Hendricks e "Off Key", por Gene Lees.

Para conhecer mais sobre a vida e obra de Tom Jobim e Newton Mendonça, visite o blog Famosos Que Partiram.



Desafinado

Quando eu vou cantar, você não deixa
E sempre vêm a mesma queixa
Diz que eu desafino, que eu não sei cantar
Você é tão bonita, mas tua beleza também pode se enganar

Se você disser que eu desafino amor
Saiba que isto em mim provoca imensa dor
Só privilegiados têm o ouvido igual ao seu
Eu possuo apenas o que Deus me deu

Se você insiste em classificar
Meu comportamento de anti-musical
Eu mesmo mentindo devo argumentar
Que isto é Bossa Nova, isto é muito natural

O que você não sabe nem sequer pressente
É que os desafinados também têm um coração
Fotografei você na minha Rolley-Flex
Revelou-se a sua enorme ingratidão

Só não poderá falar assim do meu amor
Este é o maior que você pode encontrar
Você com a sua música esqueceu o principal
Que no peito dos desafinados
No fundo do peito bate calado
Que no peito dos desafinados também bate um coração


Fonte: Wikipédia

terça-feira, 26 de março de 2013

Modinha Para Gabriela

Modinha Para Gabriela
Dorival Caymmi
1975

"Modinha Para Gabriela" é uma canção composta por Dorival Caymmi em 1975, e que ficou notabilizada na voz de Gal Costa.

Contrariando seus hábitos, o cantor e compositor baiano Dorival Caymmi concordou em fazer por encomenda o tema de abertura da telenovela "Gabriela", produzida e exibida pela Rede Globo em 1975 e baseada no romance "Gabriela, Cravo e Canela", de Jorge Amado.

A letra e a música foram compostas no apartamento de Dorival Caymmi, em Copacabana, Rio de Janeiro, de uma única sentada, na tarde de 12/03/1975. A letra descreve a liberdade de espírito da protagonista, interpretada pela atriz Sônia Braga, e suas principais características.

Gal Costa foi escolhida para interpretar a canção-tema, que se tornou um grande sucesso na carreira da cantora baiana. O grande sucesso produzido por "Modinha Para Gabriela" inspiraria o álbum "Gal Canta Caymmi", contendo apenas composições de Dorival Caymmi e lançado em 1976.

Para conhecer mais sobre a vida e obra de Dorival Caymmi e Jorge Amado, visite o blog Famosos Que Partiram.



Modinha Para Gabriela

Quando eu vim para esse mundo,
Eu não atinava em nada
Hoje eu sou Gabriela
Gabriela, iê... Meus camarada!

Eu nasci assim, eu cresci assim,
E sou mesmo assim, vou ser sempre assim:
Gabriela, sempre Gabriela!
Quem me batizou, quem me nomeou,
Pouco me importou, é assim que eu sou
Gabriela, sempre Gabriela!

Quando eu vim para esse mundo,
Eu não atinava em nada
Hoje eu sou Gabriela
Gabriela, iê... Meus camarada!

Eu nasci assim, eu cresci assim,
E sou mesmo assim, vou ser sempre assim:
Gabriela, sempre Gabriela!
Quem me batizou, quem me nomeou,
Pouco me importou, é assim que eu sou
Gabriela, sempre Gabriela!

Eu sou sempre igual não desejo o mal
Amo o natural, etc e tal.
Gabriela, sempre Gabriela!

Eu nasci assim, eu cresci assim,
E sou mesmo assim, vou ser sempre assim:
Gabriela, sempre Gabriela!
Quem me batizou, quem me nomeou,
Pouco me importou, é assim que eu sou
Gabriela, sempre Gabriela!

Eu sou sempre igual não desejo o mal
Amo o natural, etc e tal.
Gabriela, sempre Gabriela!



Fonte: Wikipédia

domingo, 24 de março de 2013

Brasil Pandeiro

Brasil Pandeiro
Assis Valente
1940

"Brasil Pandeiro" é um samba-exaltação composto por Assis Valente, onde o autor baiano exalta o samba e o povo brasileiro. Junto a "Recenseamento", havia sido composta especialmente para Carmem Miranda, então recém-chegada dos Estados Unidos.

"Brasil Pandeiro" é quase um hino compatível à "Aquarela do Brasil" que, inclusive, possui um motivo rítmico do acompanhamento repetido na canção de Assis Valente, com intenção de imitar o tamborim, e mostra que a escolha do pandeiro como instrumento enquanto adjetivo da nação eleva a batucada ao patamar de valor cultural relevante, pertencente ao domínio dos personagens do mundo do samba.

Carmem Miranda e Assis Valente
Contexto

Em 1940, chegando dos Estados Unidos ao Brasil, Carmem Miranda, no auge de sua fama, recebeu várias composições. Entre elas, "Recenseamento" e "Brasil Pandeiro", de Assis Valente. Ela gravou "Recenseamento", mas, sobre a outra, disse: "Assis, isso não presta. Você ficou borocoxô!"

Assis Valente ficou magoado, principalmente porque a canção adquiriu grande reputação tardia sob a regravação dos Anjos do Inferno. Anos mais tarde, foi popularizada e regravada pelos Novos Baianos em 1972 no álbum "Acabou Chorare", sob a sugestão do mentor do grupo João Gilberto, mas aí Assis Valente já havia falecido.

A atitude de Carmem Miranda foi criticada por pessoas ligadas ao compositor, como o jornalista Enéas Viany, que em 24/06/1941 escreveu:

"(...) Apesar de minha pouca projeção pessoal, procurei sempre elevar o nome dessa portuguesinha que guardava no peito um coração brasileiro (...). Os Anjos do Inferno gravaram, há pouco, o samba "Brasil Pandeiro", de autoria de Assis Valente, compositor de várias músicas de sucesso e que tentou contra a existência em dias de maio findo, por estar em dificuldade de vida. Essa composição ele reservara para Carmen. Queria presenteá-la como uma homenagem introdutora de alguns de seus hits. Ela examinou a música e recusou. (...) Ingratidão sim! Ainda que o samba estivesse destinado ao fracasso, ela deveria olhar para o passado e aceitá-lo. (...) A pequena dos balangandãs com sua atitude perdeu um amigo brasileiro (...). Não valia grande coisa... Mas é sempre melhor contar com amigos incondicionais... E eu pertencia a essa classe. De agora em diante não mais acreditarei na sua inocência, quando um colega lhe fizer acusações."


Interpretação

A canção, de 1940, faz referência ao sucesso da música brasileira - em especial o samba - que atingia o público norte-americano na voz e nas películas da cantora luso-brasileira Carmem Miranda  um amor antigo do próprio Assis Valente.

E não apenas isto: Assis Valente conclama o brasileiro, eminentemente mestiço, como ele próprio, a reconhecer seus próprios valores, nos versos do poeta, que conclui:

"Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor
Eu fui à Penha e pedi à padroeira para me ajudar
Salve o Morro do Vintém, pendura a saia que eu quero ver
Eu quero ver o Tio Sam tocar pandeiro para o mundo sambar"

A canção ainda evoca, em forma de oração:

"Brasil, esquentai vossos pandeiros
Iluminai os terreiros
Que nós queremos sambar"



Anjos do Inferno

Rejeitada por Carmem Miranda, "Brasil Pandeiro" terminou sendo gravada pela primeira vez pelos Anjos do Inferno, naquele mesmo ano de 1940, para a Colúmbia Discos. Segundo escrevem os autores, a gravação foi "um dos pontos altos dessa produção, embora os próprios contemporâneos do compositor estivessem de acordo em relação aos modestíssimos recursos do seu violão e à voz quase sempre desafinada do autor". De qualquer forma, terminou sendo um dos maiores sucessos do grupo.

Novos Baianos
Novos Baianos

O grupo Novos Baianos regravou a canção em 1972, no álbum "Acabou Chorare". A gravação de "Brasil Pandeiro" pelo grupo foi influenciada pelo músico João Gilberto, que fez-lhes uma visita enquanto estavam no Rio de Janeiro, e, notando seu estilo elétrico, aconselhou-os a levar "o caminho de volta para casa", a encontrarem suas raízes, a "voltarem-se para dentro de si mesmos". Esta sugestão quase espiritual foi dada por João Gilberto junto a proposta de regravarem "Brasil Pandeiro". Como contou Moraes Moreira em 2010:

"Estávamos influenciados pelo rock, ouvíamos muito Jimi Hendrix, Janis Joplin, todas aquelas bandas dos anos 70. Mas foi ali, com o João Gilberto, que a gente acordou para o samba. Quando ele nos mostrou 'Brasil Pandeiro', do Assis Valente - chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar o seu valor -, entendemos qual era a mensagem dele. Começamos a incorporar no nosso som o cavaquinho, o pandeiro, tudo isso, sem perder a pegada do rock. Era samba com energia de rock. Foi isso que fez os Novos Baianos chegar diferente. Fizemos o disco 'Acabou Chorare', foi um marco."

Foi a primeira canção, e a única, do disco sem ser da autoria do grupo que eles gravaram.

Trata-se de uma versão mais carregada com arranjos de craviola de Pepeu Gomes, e vocais que são executados por Baby Consuelo, Moraes Moreira e Paulinho Boca de Cantor, cada um cantando um verso. A versão dos Novos Baianos é considerada uma das mais bem elaboradas regravações da música. Como escreve Yara Caznok: "Foi uma pena que Assis Valente não tivesse vivido o bastante para desfrutar da gloriosa regravação deles".

Ficha Técnica

Ficha dada por Maria Luiza Kfouri:

  • Baby Consuelo: voz, afoxé
  • Moraes Moreira: voz, violão
  • Paulinho Boca de Cantor: voz, pandeiro
  • Baixinho (José Roberto): bumbo
  • Dadi Carvalho: baixo elétrico
  • Jorginho Gomes: cavaquinho
  • Pepeu Gomes: craviola, violão

Para conhecer mais sobre a vida e obra de Assis Valente e Carmem Miranda, visite o blog Famosos Que Partiram.



Brasil Pandeiro

Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor
Eu fui a Penha, fui pedir a padroeira para me ajudar

Salve o Morro do Vintém, pendura a saia eu quero ver
Eu quero ver o tio Sam tocar pandeiro para o mundo sambar

O Tio Sam está querendo conhecer a nossa batucada
Anda dizendo que o molho da baiana melhorou seu prato

Vai entrar no cuzcuz, acarajé e abará
Na Casa Branca já dançou a batucada de ioiô, iaiá

Brasil, esquentai vossos pandeiros
Iluminai os terreiros que nós queremos sambar

Há quem sambe diferente noutras terras, outra gente
Num batuque de matar

Batucada, reunir nossos valores
Pastorinhas e cantores
Expressão que não tem par, ó meu Brasil

Brasil, esquentai vossos pandeiros
Iluminai os terreiros que nós queremos sambar
Brasil, esquentai vossos pandeiros
Iluminai os terreiros que nós queremos sambar

Ô, ô, sambar, Ô, ô, sambar... Ô, ô, sambar...


Fonte: Wikipédia

sábado, 23 de março de 2013

Como Dois e Dois

Como Dois e Dois
Caetano Veloso
1971

"Como Dois e Dois" é uma composição de 1971 de autoria de Caetano Veloso e lançada por Roberto Carlos. Na música Caetano Veloso esclarece em alguns versos que demonstra seus sentimentos em suas canções:

Tudo é igual quando eu canto e sou mudo
Mas eu não minto, não minto,
estou longe e perto
Sinto alegrias tristezas e brinco.

Esclarecendo fatos de que canta sem emoção, na canção ele rebate o fato dizendo entrelinha que pode cantar sem emoção, mas na composição ponha sua emoção.

Mesmo a canção sendo composta em 1971 apenas em 2007 Caetano Veloso a gravou oficialmente no álbum: "Cê - Ao Vivo".

"Como Dois e Dois" foi gravada por Roberto Carlos no estúdio da CBS em St. Louis, EUA, e, não foi por menos, ao se escolher o ritmo "blues", se desejou colocar todos os ingredientes ideológicos que denunciassem a falta de liberdade e expressão imposta pela ditadura do Brasil, e assim temendo qualquer ingerência ou censura no trabalho, Roberto Carlos e sua equipe de produção, não tiveram dúvidas e partiram para os Estados Unidos onde foi feita a gravação, que, curiosamente, contou com uma original banda de blues e um característico coral feminino, mesmo não havendo esse planejamento da equipe.



Como Dois e Dois

Quando você me ouvir cantar
Venha não creia eu não corro perigo
Digo, não digo não ligo, deixo no ar
Eu sigo apenas porque eu gosto de cantar
Tudo vai mal, tudo
Tudo é igual quando eu canto e sou mudo
Mas eu não minto não minto
Estou longe e perto
Sinto alegrias tristezas e brinco

Meu amor
Tudo em volta está deserto tudo certo
Tudo certo como dois e dois são cinco

Quando você me ouvir chorar
Tente não cante não conte comigo
Falo, não calo, não falo, deixo sangrar
Algumas lágrimas bastam pra consolar
Tudo vai mal, tudo (Tudo... Tudo... Tudo...)
Tudo mudou não me iludo e contudo
A mesma porta sem trinco, o mesmo teto, o mesmo teto
E a mesma lua a furar nosso zinco

Meu amor
Tudo em volta está deserto tudo certo
Tudo certo como dois e dois são cinco 
Meu amor
Tudo em volta está deserto tudo certo
Tudo certo como dois e dois são cinco
Meu amor
Tudo em volta está deserto tudo certo
Tudo certo como dois e dois são cinco


Fonte: Wikipédia

A Flor e o Espinho

A Flor e o Espinho
Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito e Alcides Caminha
1957

"A Flor e o Espinho" é um samba de Nelson Cavaquinho em parceira com Guilherme de Brito, e também participação de Alcides Caminha.

Composta em 1957, com letra de Guilherme de Brito, com também participação da Alcides Caminha, enquanto a melodia é de Nelson Cavaquinho, "A Flor e o Espinho" foi feita durante um encontro na Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro, entre Guilherme de Brito e Nelson Cavaquinho.

A canção sintetiza o estilo poético/musical da dupla, marcado por um lirismo angustiado, pessimista, em que ressalta uma constante preocupação com a morte e as tragédias da vida.

Foi gravada pela primeira vez naquele mesmo ano, por Raul Moreno, em seu disco lançado pela gravadora Todamérica. Mas a versão não teve sucesso. Somente em 1964, com uma gravação de Elizeth Cardoso para seu disco "Elizeth Sobe o Morro", o samba fez sucesso de público e crítica.

Por conta desse sucesso através da cantora Elizeth Cardoso, muitos informam erroneamente que "A Flor e o Espinho" foi composta em 1964.
    
Em 1973, a canção foi gravada por Nelson Cavaquinho, mas como pot-pourri, para seu álbum homônimo.

Para conhecer mais sobre a vida e obra de Nelson CavaquinhoGuilherme de Brito e Elizeth Cardoso, visite o blog Famosos Que Partiram.



A Flor e o Espinho

Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca flor
Eu só errei quando juntei minh´alma à sua
O sol não pode viver perto da lua

É no espelho que eu vejo a minha mágoa
A minha dor e os meus olhos rasos d´água
Eu na tua vida já fui uma flor
Hoje sou espinho em teu amor


Fonte: Wikipédia

sexta-feira, 22 de março de 2013

A Banda

A Banda
Chico Buarque
1966

"A Banda" é uma canção de 1966 composta e interpretada pelo músico brasileiro Chico Buarque. Foi lançada no primeiro álbum do cantor, "Chico Buarque de Hollanda".  O disco conta com 12 faixas que somam aproximadamente 30 minutos de reprodução.

A música narra um episódio de uma banda musical que desperta a alegria da "gente sofrida" de uma cidade de interior descrita por Chico Buarque ao longo da canção. Após a sua vitória no Festival de Música Popular Brasileira, a música fez um grande sucesso, vendendo 55 mil cópias em apenas quatro dias.

A canção ganhou o Festival de Música Popular Brasileira no mesmo ano de seu lançamento, interpretada por Chico Buarque e Nara Leão. Dividindo o prêmio com a música "Disparada", de Geraldo Vandré e Théo de Barros e interpretada por Jair Rodrigues, em um empate que não foi bem esclarecido à época, "A Banda" ganhou US$ 6.800 como prêmio.



A Banda

Estava à toa na vida
o meu amor me chamou.
Pra ver a banda passar
cantando coisas de amor

A minha gente sofrida
despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
cantando coisas de amor

O homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou
Para ver, ouvir e dar passagem

A moça triste que vivia calada sorriu
A rosa triste que vivia fechada se abriu
E a meninada toda se assanhou
Pra ver a banda passar
cantando coisas de amor

Estava à toa na vida
o meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
cantando coisas de amor

A minha gente sofrida
despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
cantando coisas de amor

O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
pensando que a banda tocava pra ela

A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
A lua cheia que vivia escondida surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
pra ver a banda passar cantando coisas de amor

Mas para meu desencanto
o que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar
depois que a banda passou

E cada qual no seu canto
em cada canto uma dor
Depois da banda passar
cantando coisas de amor
Depois da banda passar
cantando coisas de amor

Fonte: Wikipédia

quinta-feira, 21 de março de 2013

Ave Maria No Morro

Ave Maria No Morro
Herivelto Martins
1942

"Ave Maria no Morro" é uma canção composta por Herivelto Martins e gravada por seu Trio de Ouro em 1942.

Herivelto Martins escreveu a canção enquanto escutava o barulho de pardais se recolhendo às árvores para dormir. A partir disso compôs os seguintes versos da canção:

"Tem alvorada, tem passarada, ao alvorecer / sinfonia de pardais, anunciando o anoitecer"

A canção narra que os moradores de uma favela carioca, referenciados apenas como "morro", rezam uma Ave-Maria coletiva pedindo uma vida melhor antes de se retirarem para seus barracões durante o anoitecer.

Entusiasmado com a canção que acabara de compor, Herivelto Martins resolveu interpretá-la para o amigo Benedito Lacerda com seu Trio de OuroHerivelto Martins disse que estava crente de que agradariam a Benedito Lacerda, mas terminada a apresentação, Benedito Lacerda tirou os óculos e lhes disse: "Isso é música de igreja, vamos fazer música para ganhar dinheiro!"

Certo tempo depois, o Trio de Ouro gravou a canção, que se transformou num enorme sucesso, mesmo após o Dom Sebastião Leme tê-la considerado uma heresia e ter pedido por seu banimento, que só não foi concretizado devido às relações de amizade que Herivelto Martins mantinha com os censores da época.

Benedito Lacerda
Curiosidades

A canção foi regravada pela banda de heavy metal e hard rock, Scorpions, no álbum "Taken B Side" em castelhano.

A música também aparece no álbum "Live Bites", que traz faixas gravadas ao vivo em várias partes do mundo. "Ave Maria no Morro" foi cantada para a platéia mexicana, aparentemente o vocalista Klaus Meine acreditava estar cantando uma música mexicana e, pelo que se dá para notar da pronúncia ruim do cantor (um alemão cantando em espanhol) a letra pouco tem a ver com o original em português, mas a melodia é a mesma.

Com o título "Ave Maria", esta música foi gravada também pelo famoso cantor húngaro Zámbó Jimmy, conhecido como "The King", que faleceu aos 42 anos, em 2001, vítima de um suicídio acidental.

Para conhecer mais sobre a vida e obra de Herivelto Martins Benedito Lacerda, visite o blog Famosos Que Partiram.



Ave Maria no Morro

Barracão 
de zinco, sem telhado 
Sem pintura, lá no morro 
Barracão é bangalô 

Lá não existe 
felicidade de arranha-céu 
Pois quem mora lá no morro 
já vive pertinho do céu 

Tem alvorada, 
tem passarada, alvorecer 
Sinfonia de pardais 
anunciando o anoitecer 

E o morro inteiro 
no fim do dia 
Reza uma prece 
Ave Maria. 

E o morro inteiro 
no fim do dia 
Reza uma prece 
Ave Maria. 

Ave Maria 
Ave Maria 

E quando o morro escurece 
eleva a Deus uma prece 
Ave Maria 

Tem alvorada, 
tem passarada, alvorecer 
Sinfonia de pardais 
anunciando o anoitecer. 

E o morro inteiro 
no fim do dia 
Reza uma prece 
Ave Maria 

O morro inteiro 
no fim do dia 
Reza uma prece 
Ave Maria 


Fonte: Wikipédia

terça-feira, 19 de março de 2013

Estrada da Vida

Estrada da Vida
José Rico
1977

"Estrada da Vida" é uma canção composta por José Rico, da dupla sertaneja Milionário & José Rico. A música foi gravada pela própria dupla como faixa-título do LP "Milionário & José Rico Volume 5", no ano de 1977, e, sem dúvida, tornou-se o maior sucesso da carreira de Milionário & José Rico.

Esta música lendária proporcionou a venda de mais de dois milhões de discos e originou o roteiro do filme "Estrada da Vida", baseado na própria vida dos integrantes da dupla e dirigido por Nelson Pereira dos Santos, onde os próprios cantores Milionário e José Rico interpretam seus próprios papeis.

Sucesso enorme em todo o Brasil, o filme "Estrada da Vida" conquistou o primeiro lugar no Festival Internacional de Filmes de Brasília e foi vendido para diversos países, inclusive a China. Milionário e José Rico foram convidados pelo governo Chinês a se apresentarem naquele país, no ano de 1985, excursão que durou um mês, num intercâmbio cultural, no qual a dupla foi mostrar sua música para o outro lado do mundo. Foi a primeira dupla brasileira que visitou esse país.



Estrada da Vida

Nessa longa estrada da vida
Vou correndo e não posso parar
Na esperança de ser campeão
Alcançando o primeiro lugar

Mas o tempo cercou minha estrada
E o cansaço me dominou
Minhas vistas se escureceram
E o final da corrida chegou

Este é o exemplo da vida
Para quem não quer compreender
Nós devemos ser o que somos
Ter aquilo que bem merecer

Mas o tempo cercou minha estrada
E o cansaço me dominou
Minhas vistas se escureceram
E o final desta vida chegou


Fonte: Wikipédia

segunda-feira, 18 de março de 2013

Cálice

Cálice
Gilberto Gil e Chico Buarque
1973

"Cálice" é uma canção escrita e originalmente interpretada pelos cantores brasileiros Chico Buarque e Gilberto Gil em 1973. Na canção percebe-se um elaborado jogo de palavras para despistar a censura da ditadura militar. A palavra-título, por exemplo, é cantado pelo coral que acompanha o cantor de forma a soar como um raivoso "Cale-se!". A canção teve sua execução proibida durante anos no Brasil. Só foi lançada em disco em novembro de 1978 no álbum "Chico Buarque", tendo Milton Nascimento nos versos de Gilberto Gil, e também em dezembro no álbum "Álibi" de Maria Bethânia. A cantora Pitty regravou essa canção em 2010, numa versão rock 'n roll.


História

"Cálice" foi composta para o show Phono 73, que a gravadora Phonogram (Ex Philips, e depois Polygram) organizou no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, em maio de 1973. O evento reuniria em duplas os maiores nomes de seu elenco, onde deveria ter sido cantada por Gilberto Gil e Chico Buarque.

Gilberto Gil havia composto o refrão "Pai, afasta de mim este cálice / de vinho tinto de sangue", uma óbvia alusão à agonia de Jesus Cristo no Calvário, tendo a ambiguidade (cálice / cale-se) sido imediatamente percebida por Chico Buarque. Gilberto Gil havia composto ainda a primeira estrofe da canção. A partir de dois encontros com Chico Buarque, compôs a melodia e as demais estrofes, quatro no total, sendo a primeira e a terceira de Gilberto Gil e a segunda e a quarta de Chico.

No dia do show, quando os dois começaram a cantar "Cálice" tiveram os microfones desligados. De acordo com Gilberto Gil, a canção havia sido apresentada à censura e eles foram recomendados a não cantá-la. Os dois haviam decidido, então, cantar apenas a melodia da canção, pontuando-a com a palavra "cálice", mas isto também não foi possível.

Segundo o relato do Jornal da Tarde, a Phonogram resolveu cortar o som dos microfones, para evitar que a música, mesmo sem a letra, fosse apresentada. Irritado, Chico Buarque tentou os microfones mais próximos, que também foram cortados em seguida.

A canção foi eventualmente liberada cinco anos depois, tendo sido lançada em novembro de 1978 no álbum "Chico Buarque" ao lado de "Apesar de Você", "O Meu Amor", "Tanto Mar" e outras canções censuradas pelo regime militar. À época, Chico Buarque declarou que aquele não era o tipo de canção que estava compondo pois estava trabalhando no repertório de "Ópera do Malandro", mas que elas deveriam ser registradas, pois a liberação tardia não pagava o prejuízo da proibição. Na gravação, as estrofes de Gilberto Gil, que estava trocando a PolyGram pela WEA, foram interpretadas por Milton Nascimento, fazendo coro com o MPB4, em dramático arranjo de Magro.

Em dezembro do mesmo ano, foi a vez da cantora Maria Bethânia gravar a canção também no seu álbum "Álibi"Maria Bethânia interpretou a canção com a força dramática que já era conhecida como sua marca. A teatralidade da cantora adicionou mais significado em cada palavra interpretada por ela. Um clipe com a performance da cantora foi exibido na época pelo programa "Fantástico" da Rede Globo.



Cálice

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor e engolir a labuta?
Mesmo calada a boca resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa?
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada, prá a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

De muito gorda a porca já não anda (Cálice!)
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, Pai, abrir a porta (Cálice!)
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade?
Mesmo calado o peito resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

Talvez o mundo não seja pequeno (Cale-se!)
Nem seja a vida um fato consumado (Cale-se!)
Quero inventar o meu próprio pecado (Cale-se!)
Quero morrer do meu próprio veneno (Pai! Cale-se!)
Quero perder de vez tua cabeça! (Cale-se!)
Minha cabeça perder teu juízo. (Cale-se!)
Quero cheirar fumaça de óleo diesel (Cale-se!)
Me embriagar até que alguém me esqueça (Cale-se!)


Fonte: Wikipédia

sexta-feira, 15 de março de 2013

Alguém Me Disse

Alguém Me Disse
Jair Amorim e Evaldo Gouveia
1960

"Alguém Me Disse" é uma canção brasileira de estilo bolero, composta pela dupla Evaldo Gouveia e Jair Amorim, e lançada em 1960, quase simultaneamente, por Anísio Silva, no álbum "Alguém Me Disse", Maysa, no álbum "Voltei", Cauby Peixoto, no álbum "O Sucesso Na Voz de Cauby Peixoto", entre outros.

A canção conseguiu maior exito com Anísio Silva, tornando-se o maior sucesso do cantor, logo no primeiro álbum. O sucesso foi tão grande, que o disco vendeu mais de dois milhões de cópias, tornando Anísio Silva o primeiro cantor brasileiro a ganhar um disco de ouro. Os compositores, que costumavam criar samba-canções, passaram a se dedicar mais ao bolero, desde então.

Regravada diversas vezes, por vários cantores, a canção ainda é lembrada nos dias de hoje por novas gerações da Música Popular Brasileira. Em 1990, foi a vez de Gal Costa, em seu álbum "Plural". Em 1997 foi Emílio Santiago. Ana Carolina, em seu primeiro álbum em 1999, regravou "Alguém Me Disse" com um arranjo de violoncelo. Em 2001, Simony regravou a canção para seu álbum "Simplesmente Eu".

Trilhas Sonoras

A versão de Anísio Silva está na trilha sonora da telenovela "Os Imigrantes - Terceira Geração", exibida na Rede Bandeirantes em 1982.

A versão de Gal Costa está na segunda trilha sonora nacional da telenovela "Tieta", exibida na Rede Globo em 1989. A cantora gravou um clipe para a canção que foi exibido no programa "Fantástico". Com o sucesso, Gal Costa adicionou a canção ao seu álbum "Plural", no ano seguinte.

A versão de Maysa está na trilha sonora nacional da telenovela "Páginas da Vida", exibida na Rede Globo em 2006.

Para conhecer mais sobre a vida e obra de Anísio Silva Maysa, visite o blog Famosos Que Partiram.



Alguém Me Disse

Alguém me disse
que tu andas novamente.
De novo amor, nova paixão,
toda contente.

Conheço bem tuas promessas,
outras ouvi iguais a essas.
E esse teu jeito de enganar,
conheço bem.

Pouco me importa
que te beijam tantas vezes.
E que tu mudes de paixão
todos os meses.

Se vais beijar, como eu bem sei.
Fazer sonhar, como eu sonhei.
Mas sem ter nunca,
amor igual ao que eu te dei.


Fonte: Wikipédia