Mostrando postagens com marcador 1959. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 1959. Mostrar todas as postagens

domingo, 21 de abril de 2013

A Felicidade

A Felicidade
Tom Jobim e Vinícius de Moraes
1959

Música composta para o filme "Orfeu do Carnaval" de Marcel Camus, que ganhou a Palma de Ouro em Cannes como Melhor Filme e o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em Hollywood. Filme baseado na peça de Vinícius de Moraes "Orfeu da Conceição" que foi premiada em 1954 no concurso do IV Centenário da Cidade de São Paulo. Música que consagrou o cantor Agostinho dos Santos, inclusive internacionalmente devido ao grande sucesso do filme. Em 1959 foram feitas 25 gravações dessa música com diversos cantores. É considerada clássico dos compositores, clássico brasileiro e clássico da bossa nova!

A felicidade aborda o cotidiano comum do pobre que vê no carnaval sua felicidade contínua em três dias e que se finaliza na quarta-feira de cinzas. Além disso, a letra apresenta várias definições para esse tema, sempre finalizando em cada estrofe como um reforço de que é apenas algo passageiro e de tempo menor ao de sua ausência. É como podemos verificar em "Voa tão leve, mas tem a vida breve, precisa que haja vento sem parar..."

Felicidade é um daqueles conceitos simples e ao mesmo tempo, complexo. É subjetivo e é consenso de que é momentâneo como reforça a canção de Tom Jobim e Vinícius de Moraes. Felicidade para nós, amantes da boa música é contemplar uma canção como essa. A grande lição que absorvemos é aproveitarmos ao extremo os momentos que definimos como felizes e nos esforçarmos para estarmos aptos a passar por aqueles momentos em que julgamos ausentes de felicidade, preparando caminho para outros momentos felizes!

Para conhecer mais sobre a vida e obra de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, visite o blog Famosos Que Partiram.



A Felicidade

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranqüila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei, de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite, passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Pra que ela acorde alegre com o dia
Oferecendo beijos de amor

Tristeza não tem fim
Felicidade sim


quarta-feira, 13 de março de 2013

Manhã de Carnaval

Manhã de Carnaval
Luiz Bonfá e Antônio Maria
1959

"Manhã de Carnaval" é o nome da canção mais popular de Luiz Bonfá e Antônio Maria, gravada na trilha sonora do filme "Orfeu Negro", em 1959. Esta canção se tornou tradicional nos meios de jazz estadunidense e é tocada regularmente também por muitos artistas internacionais. A canção é considerada uma das mais importantes canções no mercado do jazz brasileiro nos Estados Unidos, que ajudou a estabelecer o movimento da bossa nova no final da década de 1950.

Existem também outras versões da música com letra adaptada para o inglês, mas a versão mais popular, até mesmo no estrangeiro, ainda é a de nome e letra em português. Vários grandes nomes da música já interpretaram esta canção, com versões instrumentais ou a versão original com vocais, nomes como: Chet Atkins, John McLaughlin, George Benson, Placido Domingo, Stan Getz, Cher, e vários outros.

"Manhã de Carnaval" introduziu Luiz Bonfá à fama com reconhecimento internacional em 1959, apresentando a bossa nova ao mundo com sua vasta produção sonora em discos de diversos artistas, com o lançamento internacional do filme "Orfeu Negro", e, com a apresentação de vários shows de Luiz Bonfá no exterior além de outros nomes populares do mercado de música internacional interpretando esta canção ao vivo nos auditórios de outros países.

A Canção de Orfeu Negro

Embora a maioria das canções do filme "Orfeu Negro" tenham sido compostas por Antônio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes, enquanto que "Manhã de Carnaval" era apenas uma das duas canções do compositor, Luiz Bonfá - a outra canção sendo "Samba de Orfeu" -, "Manhã de Carnaval" foi a canção que ficou popularizada e consagrada internacionalmente como o tema do filme. Tal foi o sucesso de Luiz Bonfá com "Manhã de Carnaval" que esta levou-o aos Estados Unidos para uma série de aparições na TV.

Trívia
  • 2004 - "Manhã de Carnaval" é usada para o filme de Kim Ki-duk, "Bin-jip" (título internacional em inglês "3-Iron").
  • "Orfeu Negro", o filme para qual esta canção foi escrita, ganhou um Oscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira, 1959.

Versão Com Letra Em Outras Línguas

Várias versões com letra em outras línguas foram escritas. Embora não tão popular como a versão em português. A canção pode ser encontrada com letra em inglês, em espanhol e em outras línguas também, mas nenhuma outra versão se tornou tão popular como a versão original de Luiz Bonfá e Antônio Maria.

Luís Miguel como Julio Iglesias cantam a versão popular em espanhol, com título "Mañana de Carnaval", embora com ritmos bem diferentes em cada versão hispânica.

Cher, George David Weiss, Hugo Peretti, e Luigi Creatore escreveram uma letra chamada, "Carnival". Esta foi a versão gravada por Perry Como em 1963, e de novo, com o nome original, "Manhã de Carnaval", três anos depois, em 1966.

Carl Sigman escreveu versão de letra em inglês intitulada "A Day In The Life Of A Fool", novamente adaptando à música original de Luiz Bonfá.

Ziad Al Rahbani, compositor libanês, adaptou em 2002 "Manhã de Carnaval" com o nome "Shou Bkhaf", em árabe (Tradução Português "Como Temo"), com letra de Ziad Al Rahbani - um dos líderes em Jazz Oriental.

Fairouz, cantora libanesa bem conhecida no mundo árabe, lançou a canção em seu álbum intitulado "Wala Kif".

Para conhecer mais sobre a vida e obra de Luiz BonfáAntônio MariaAntônio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes, visite o blog Famosos Que Partiram.



Manhã de Carnaval

Manhã, tão bonita manhã
Na vida, uma nova canção
Cantando só teus olhos
Teu riso, tuas mãos
Pois há de haver um dia
Em que virás

Das cordas do meu violão
Que só teu amor procurou
Vem uma voz
Falar dos beijos perdidos
Nos lábios teus

Canta o meu coração
Alegria voltou
Tão feliz a manhã
Deste amor


Fonte: Wikipédia

sexta-feira, 8 de março de 2013

Revolta

Revolta
Raul Sampaio e Nelson Gonçalves
1959

"Revolta" é um samba-canção composto por Raul SampaioNelson Gonçalves, e gravado por Nelson Gonçalves em 1959.

Palavras de Raul Sampaio:

"Existe uma poetiza brasileira Gilka Machado mãe da bailarina Eros Volúsia de quem aproveitei o verso 'os beijos que roubei da tua boca'. Fiz o samba e dei parceria ao Nelson Gonçalves que a gravou pela primeira vez."

Raul Sampaio Cocco

Raul Sampaio Cocco nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, ES, em 06/07/1928), mais conhecido por Raul Sampaio é um cantor e compositor brasileiro.

Raul Sampaio foi aluno dos colégios Liceu Muniz Freire, Bernardino Monteiro e Escola Técnica de Comércio, todos em Cachoeiro do Itapemerim.

Iniciou sua vida artística na ZYL-9, Rádio Cachoeiro, como vocalista da dupla Dois Valetes (Raul Sampaio e Loé Moulin). Mais tarde, com a entrada de Yolanda (prima de Loé Moulin), o conjunto passou a trio, Dois Valetes e Uma Dama, formação inspirada no conjunto carioca Trio de Ouro. A cantora Noemi Cavalcante (Noemi Brusti) chegou a substituir Yolanda na formação do trio, mas por breve tempo. Com a mudança da cantora para o Rio de Janeiro, o trio se desfez.

Após o serviço militar, em 1949, aos 20 anos, Raul Sampaio transferiu-se também para o Rio de Janeiro e foi admitido na loja de instrumentos musicais Guitarra de Prata, onde permaneceu até 1952.

Por esta ocasião ingressou como vocalista na terceira formação do próprio Trio de Ouro, ao lado de Herivelto Martins e Lourdinha Bittencourt, esposa de Nelson Gonçalves. Em 1979 o trio foi dissolvido com o falecimento da cantora. Na década de 80 Raul Sampaio fez alguns shows com Herivelto Martins e Shirley Dom, uma quarta formação do Trio de Ouro.

Como compositor, sua primeira música gravada data de 1950, "Aladim", em parceria com Herivelto Martins e gravada por Isaura Garcia. Entretanto seu primeiro grande sucesso só deu-se em 1955, "Guarda- Chuva de Pobre" (Raul Sampaio e Chico Anysio), marchinha gravada pelo Vocalistas Tropicais.

Dentre seus parceiros destacamos Benil SantosHerivelto Martins, Rubens Silva, Ivo Santos, René Bittencourt, Marino Pinto, Carlos NobreChico Anysio, Haroldo Lobo, dentre tantos outros.

Seus intérpretes foram Três Marias, Trio de Ouro, Gilberto Milfont, Alcides Gerardi, Francisco Carlos, Carlos Galhardo, Orlando Silva, Anísio Silva, Nelson Gonçalves, Miltinho, Carlos José, dentre tantos outros, dos quais inclui-se o próprio Raul Sampaio com dezenas de gravações.

Pelas composições "Rio Quatrocentão" e "Rio, Eterna Capital", ambas de Raul Sampaio e Benil Santos, gravadas originalmente em 1964 pela Orquestra Popular da Guanabara, recebeu o título de "Cidadão do Estado da Guanabara". Também recebeu em 1969 o título "Cachoeirense Ausente", pela projeção da cidade através de sua canção "Meu pequeno Cachoeiro", regravada por seu conterrâneo Roberto Carlos em 1969, tornando a cidade mais conhecida. "Meu Pequeno Cachoeiro" é o Hino Oficial de Cachoeiro de Itapemirim, instituído por Lei Municipal nº 1.072, de 28 de julho de 1966, no governo do prefeito Abel Santana.

Se Roberto Carlos, também compositor, é o filho mais ilustre, o maior compositor de Cachoeiro do Itapemerim é, sem dúvida, Raul Sampaio Cocco. Violonista, cantor e compositor. Discreto, não gosta de aparecer, mas é difícil uma pessoa com o seu reconhecido talento não ficar em evidência.

Para conhecer mais sobre a vida e obra de Nelson GonçalvesGilka MachadoEros VolúsiaHerivelto MartinsLourdinha BittencourtIsaura GarciaChico AnysioAlcides GerardiFrancisco CarlosCarlos GalhardoOrlando SilvaAnísio Silva, visite o blog Famosos Que Partiram.



Revolta

Hoje tão longe dos teus lábios sedutores 
Sem o carinho dos teus beijos, meu amor 
Não tenho horas de sossêgo em minha vida 
Sou mais um barco que não tem navegador 

Vivo perdido no passado dos teus beijos 
Sinto o fantasma dos teus lábios junto aos meus 
Beijo outras bocas pra fugir da tua boca 
E sinto ainda o sabor dos beijos teus 

O desespero me tirou a consciência 
E no delírio que me envolve esta paixão 
Eu vou tramando no meu cérebro-nervoso 
Uma maneira de magoar teu coração 

É meu consolo acreditar que estás sofrendo 
Em tua vida de prazeres e de louca 
Beijando bocas, como eu, mas com saudades 
Dos beijos que eu roubei da tua boca




Fonte: Raul Sampaio, Marco Costa, Portal São Francisco e Wikipédia

sábado, 16 de fevereiro de 2013

A Noite do Meu Bem

A Noite do Meu Bem
Dolores Duran
1959

"A Noite do Meu Bem" é uma canção composta pela cantora e compositora brasileira Dolores Duran em 1959. Além de um grande sucesso da música brasileira, é talvez o maior exito de Dolores Duran. A canção é de estilo samba-canção e contém estrofes de três versos. Na letra, há um eu-lírico esperando ansiosamente o seu amor, para uma noite romântica, bela e apaixonada. Durante a canção, sentimentos puros são cantados, até que no fim, cansado de esperar, a personagem se mostra desesperançada e amargurada.

Segundo a cantora Marisa Gata Mansa, amiga de Dolores Duran, "A Noite do Meu Bem" foi escrita cuidadosamente. Em 1959, Dolores Duran fez um rascunho da letra em casa e durante alguns dias, fosse na rua ou na boate, parava pensativa para modificar e acrescentar os versos.

Dolores Duran gravou a canção cerca de um mês antes de morrer. Sua versão contém um instrumental que lembra uma caixinha de música. Com o falecimento da cantora, o lançamento da canção foi apurado e em menos de quinze dias era comercializado num disco 78 rpm, junto com "Fim de Caso", também de sua autoria e também um sucesso. A notícia da morte da cantora era embalada por estas e outras canções divulgadas postumamente.

Ainda em 1959, Elza LaranjeiraMarisa Gata Mansa regravaram a canção, ambas em discos 78 rpm e Agostinho dos Santos em seu LP "Inimitável". No ano seguinte, Elizeth Cardoso gravou a canção para seu álbum "A Meiga Elizeth", Lúcio Alves para seu álbum hômonimo à canção e Nelson Gonçalves para seu disco "Seleção de Ouro", além de Dalva de Oliveira em um 78 rpm.

A cantora Maysa, também amiga de Dolores Duran, gravou "A Noite do Meu Bem" em 1961 para o "Maysa Sings Songs Before Dawn", seu nono álbum de estúdio. Lançado somente nos Estados Unidos e na Argentina, o álbum contém somente "A Noite do Meu Bem" como canção em língua portuguesa, cuja gravação de Maysa contou com seu famoso tom dramático.

Em 1968, foi a vez de Elis Regina e em 1970 de Tito Madi. Nos anos 80 as regravações foram de Milton Nascimento, Ângela Maria e Cauby Peixoto, e nos anos 90, Nana Caymmi.

No século 21, "A Noite do Meu Bem" entrou no repertório de Zezé Mota, Alcione, Kid Abelha, Agnaldo Timóteo e Hebe Camargo.

"A Noite do Meu Bem" ganhou versões em outras línguas também. Em 1961, o cantor argentino Roberto Yanés gravou "La Noche de Mi Amor", com letra adaptada por Rafaelmo. O cantor brasileiro Altemar Dutra também gravou a canção em versão castelhana, porém com letra adaptada por Quezada. Lenita Bruno, para seu álbum "Lenita Bruno em Hollywood", de 1968, gravou "Velvet", uma versão em inglês. A poliglota cantora brasileira Bia Krieger, gravou em 1999 a canção numa versão francesa por Pierre Barouh, chamada "La Nuit de Mon Amour". Fábio Jorge e Cândido Fernandes também gravaram esta versão em 2008 e 2010, respectivamente.

Num ensaio para a série "História da Música Popular Brasileira", a ensaísta Marilena Chauí comentou:

"Dolores convoca na canção o universo para a sua noite como se a ela própria tudo faltasse para enfeitar a chegada desse bem tão demorado."

"A Noite do Meu Bem" esteve na trilha sonora da novela "Os Imigrantes - Terceira Geração" (1981/1982) interpretada por Dick Farney, e na minissérie "Amazônia, de Galvez a Chico Mendes" (2007) na voz de Milton Nascimento.

Para conhecer mais sobre a vida e obra de Dolores Duran, visite o blog Famosos Que Partiram.



A Noite do Meu Bem

Hoje eu quero a rosa mais linda que houver
E a primeira estrela que vier
Para enfeitar a noite do meu bem

Hoje eu quero paz de criança dormindo
E o abandono de flores se abrindo
Para enfeitar a noite do meu bem

Quero a alegria de um barco voltando
Quero ternura de mãos se encontrando
Para enfeitar a noite do meu bem

Ah, eu quero o amor, o amor mais profundo
Eu quero toda beleza do mundo
Para enfeitar a noite do meu bem

Quero a alegria de um barco voltando
Quero ternura de mãos se encontrando
Para enfeitar a noite do meu bem

Ah, como esse bem demorou a chegar
Eu já nem sei se terei no olhar
Toda pureza que quero lhe dar


Fonte: Wikipédia